Uma violenta tempestade de granizo e neve acontecia lá fora. E o aldeão continuava com os afazeres domésticos, cuidando também da sopa de repolho, que era o seu prato predileto.
De vez em quando ele observava a estrada , sempre à espera...
Decorrido algum tempo , o aldeão viu que alguém se aproximava caminhando com dificuldade em meio a borrasca de neve. Era um pobre vendedor ambulante, que conduzia às costas um fardo bastante pesado.
Compadecido, saiu de casa e foi ao encontro do vendedor. Levou-o para a choupana, pôs sua roupa a secar ao calor da lareira e repartiu com ele a sopa de repolho. Só o deixou ir embora depois de ver que ele já tinha forças para continuar a jornada.
Olhando de novo através da vidraça, avistou uma mulher na estrada coberta de neve. Foi buscá-la, e abrigou-a na choupana. Fez com que sentasse próximo à lareira, deu-lhe de comer, embrulhou-a em sua própria capa...
A noite começava a cair... Não a deixou partir enquanto não readquiriu forças suficientes para a caminhada. E nada de Jesus!
Já quase sem esperanças, o aldeão novamente foi até a janela e examinou a estrada coberta de neve. Distinguiu uma criança e percebeu que ela se encontrava perdida e quase congelada pelo frio...
Saiu mais uma vez, pegou a criança e levou-a para a cabana. Deu-lhe de comer, e não demorou muito para que a visse adormecida ao calor da lareira.
Cansado e desolado, o aldeão sentou-se e acabou por adormecer junto ao fogo. Mas, de repente, uma luz radiosa, que não provinha da lareira, iluminou tudo!
Diante do pobre aldeão, surgiu risonho o Senhor, envolto em uma túnica branca! - Ah! Senhor! Esperei-O o dia todo e não aparecestes, lamentou-se o aldeão...
"O Bem que a cada um deles fizeste, a mim mesmo o fizeste!"
" Sem caridade não há salvação."
(Allan Kardec)
Pesquisa na Internet e organização do texto e imagens (vídeo) por Sônia Lúcia
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