sexta-feira, 30 de agosto de 2019

O USO DA LIBERDADE - O CÃO E O LOBO

 Imagem relacionada
  Um cão andava pela floresta quando topou com um lobo magrelo de dar dó. Fizeram amizade, pondo-se então a conversar:
   - Puxa amigo, como você é robusto! Nota-se que é bem tratado!
   - É que eu tenho um dono, o seu José. Ele me banha quase diariamente, escova meus dentes e pelos. Leva-me ao pet para exames preventivos e quando preciso.  Me dá três boas refeições durante o dia e tenho até uma casinha em alvenaria... Em troca, eu guardo a casa quando ele sai, e noturnamente, dos assaltantes. Saio de vez em quando para umas voltinhas. Enfim, eu cuido dele e ele de mim. 
   - Você só faz isso, e ganha tudo aquilo? Oh, deve ser maravilhoso ter um dono! - concluiu o lobo.
   O cão então, convenceu o novo amigo a acompanhá-lo, certo de que seu José gostaria de possuir mais um animal de estimação.
   Andaram por algum tempo até que o lobo, já cansado, parou e reparando melhor no companheiro, disse:
    - O que é isto no seu pescoço?
   - Ah, isto é uma coleira, com acesso a uma corrente, pois às vezes, meu dono necessitando, me prende...
   O lobo parou, pensou um pouco e voltou de onde vinham. 
   Continuou falando o cão:
   - Mas é por pouco tempo! Penalizado por mim, logo ele me solta de novo. Não se assuste!
   - Já distante, o lobo, virou-se dizendo:
   - Não, cachorro! Não sirvo para essa vida! Acho que mais vale a minha liberdade com fome do que o luxo numa prisão! Tchau!!! Prazer grande te ter conhecido!
   E, talvez, com receio de arrepender-se da decisão tomada, deu as costas de uma vez, saindo em disparada! 

         Fábula "O CÃO E O LOBO" adaptada e postada por Sônia Lúcia 


       COMENTÁRIO  PESSOAL:

    Bela e interessante fábula, principalmente no que concerne em trazer animais totalmente diferentes, desde suas moradias até seus costumes próprios. Mostra ela que, de certa forma, o homem tem essas características e também é assim, mas como caráter opcional. 
  "Humanizados" cão e lobo vestem essa roupagem hominal. E a   liberdade que é, provavelmente, o sentimento mais intrínseco  e forte no homem, nos é demonstrado em toda a contextualização  no cenário da história.
 Nos animais em foco, como se não bastasse a diferença existente entre um doméstico e um selvagem, há também a divergência de opiniões  em suas escolhas, com forte disparidade entre eles. Chegando, inclusive, a vencer a fome vivida pelo selvagem, já que trava uma luta árdua à procura das vítimas que o fazem predador para saciar-se no seu dia-a-dia, considerando que o Universo é o seu dono. Outro sentimento onde a liberdade se sobrepõe, é a amizade que une imediatamente os dois.
 Proprietário de uma forte personalidade, mostra-se o Lobo, inicialmente, vulnerável a vida mais fácil, mas imediatamente, ao observar fisicamente e com mais detalhes o companheiro, tem um repensar  e readquire o  instinto  que lhe é próprio. Enquanto o cão, por ser domesticado, não tem acesso a vida de liberdade  para se alimentar, como ocorre com  aquele que ele pensou ser um possível companheiro a compartilhar de sua vida de luxo, mas também preenchida pela responsabilidade que o seu dono a ele outorgava.
De forma que a fábula não permite a fuga dos interesses e características que formam a personalidade inata de seus personagens. 
                                    Aut.: Sônia Lúcia

LIBERDADE, portanto é:
... o direito que se tem de não permitir que os outros façam aquilo que querem. (Dom Quixote)
... como a própria vida, Nasce e cresce com o indivíduo. Vai dele saber usá-la sem prejudicar o seu amanhã ou o seu próximo. (Sônia Lúcia)
  

Imagem do Google, apenas para fins ilustrativos.

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

"LATIDOS E MIADOS NO CÉU"

  Resultado de imagem para animais na igreja
   Esta é uma história curiosa ou inusitada como hoje se fala. Na narrativa sabe-se que deu-se numa igreja de Roma, na Itália. 

   Certo pároco de determinada igreja acredita que os animais, após a morte, vão para o Céu. Por isto, cães e gatos, pássaros e galos participam de rituais em sua igreja.
   Algumas pessoas estranharam a presença de animais na casa de Deus. 
  Chamado pelo cardeal do lugar para explicar as "estranhas cerimônias" de sua igreja, o pároco então tranquilizou o bispo afirmando que as celebrações com animais não eram missas verdadeiras, mas comentários ilustrados de passagens bíblicas.
   Defensores dos direitos dos animais apreciaram muito a iniciativa do pároco.               Conta-se até que uma atriz famosa de lá, disse que a sensibilidade do padre com  os animais a fez voltar a entrar na igreja após 35 anos de ausência...

  Durante o lançamento do livro "Os Animais Têm Alma", do francês Jean Prieur, este mesmo vigário declarou que a teologia católica ainda não aceita que os animais vão para o paraíso após a morte. Mas não perde as esperanças de que um dia ela tome consciência disto... 
              Desconheço a fonte e o autor.

     Pesquisa e postagem de Sônia Lúcia.

      Imagem do Google para ilustração.