sábado, 29 de agosto de 2015

O GATO E O MACACO


O gato e o macaco eram animais  domésticos. Um dia, o macaco descobriu castanha assando no braseiro e correu a chamar o gato.
- Venha , amigo! Com sua habilidade nas patas, será fácil pegar as castanhas para nós!
O gato, envaidecido, se pôs a tirar as castanhas do braseiro, deixando-as de lado. O macaco ia devorando as castanhas e falando:
- Isso, senhor gato! Muito bem! Pegue agora aquela ali, e essa outra...
O gato, com o pelo chamuscado, ia tirando as castanhas, enquanto o macaco o elogiava e as comia. De repente, voltou a cozinheira, que os enxotou com a vassoura.
O gato e o macaco esconderam-se no quintal. Irritado, o gato falou:
- De que adiantou tanto esforço? Queimei o pelo, sujei as patas e não comi castanha nenhuma!
Ao que o macaco, subindo no alto de uma árvore, respondeu:
- Pois é, amigo gato, Agora você já sabe: O bom-bocado não é para quem o faz, mas para que o come.
                                            Autor: Pedro Malazarte 

A sabedoria  popular diz que "o mundo é dos espertos", como essa fábula tão bem demonstra. Nessa linha de esperteza o autor  conta em algumas das aventuras em suas obras...

terça-feira, 25 de agosto de 2015

FILHO PREDILETO




Certa vez perguntaram a uma mãe qual era seu filho preferido,

aquele que ela mais amava.


E ela, deixando entrever um sorriso, respondeu: 


"Nada é mais volúvel que um coração de mãe

.
E, como mãe, lhe respondo: o filho dileto, 


aquele a quem me dedico de corpo e alma...


É o meu filho doente, até que sare. 


O que partiu, até que volte.



O que está cansado, até que descanse.

O que está com fome, até que se alimente.


O que está com sede, até que beba.

O que estuda, até que aprenda.


O que está com frio, até que se agasalhe.


O que não trabalha, até que se empregue.


O que namora, até que se case.


O que casa, até que conviva.


O que é pai, até que os crie.


O que prometeu, até que se cumpra.


O que deve, até que pague.


O que chora, até que cale.


E já com o semblante bem distante


daquele sorriso, completou: 

O que já me deixou... 


...até que o reencontre... 


(Erma Bombeck)


Imagens do Google

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A PANTERA

 Uma feroz pantera, sem a devida Licença, fora caçada pelo proprietário de um circo. Não demorou para que a mesma fugisse dali, deixando toda a população da cidade em pânico.
 Onde estaria a fera? Ninguém sabia nem tinha ideia. Começou a busca. Todos apreensivos, a procuraram dia e noite, durante três dias! Nada! E o circo com as atividades paradas, nem sequer ensaiaram mais para o primeiro espetáculo ainda!
 Foi então que na manhã bem cedo do quarto dia, um menino ia andando devagar, quando viu dois pontos brilhando no escuro de uma pequena mata próximo da escola. Eram os olhos faiscantes da pantera! O menino correu gritando  muito assustado!
 Crianças e professores se trancaram nas salas de aula. Chamaram a polícia e os domadores do circo, pois seria preciso capturar a pantera sem machucá-la ou matá-la. 
 Negra, de pelos lustrosos, olhos intensos e brilhantes era um animal de grande porte e beleza, porém quase jazia de fome e sem forças!
 Os domadores mostraram-se inteligentes e corajosos. De máscaras, devidamente preparados e armados, após horas de muito trabalho, conseguiram  enjaulá-la.
 As crianças, das janelas de suas classes, observavam toda a aventura! A cidade parou! Tiveram todos, um verdadeiro espetáculo de circo nunca antes apreciado pelo povo do lugar!
 Como conclusão, o proprietário do mesmo, recebera a dura lição, fora multado e o animal, após ser devidamente tratado foi devolvido para seu habitat natural. De nada valendo a sua ambição desmedida que pagou caro pela economia que fizera ao realizar um ato ilicitamente.   

      (História original de Maria Yvonne A. de Araújo, adaptada por SÔNIA LÚCIA)

Imagem do Google

domingo, 23 de agosto de 2015

A CAUSA DA CHUVA

 
"Não chovia há muitos meses, de modo que os animais ficaram inquietos. Uns diziam que ia chover logo, outros diziam que ainda ia demorar. Mas não chegavam a uma conclusão.
- Chove só quando a água cai do telhado do meu galinheiro. Esclareceu a galinha.
- Ora que bobagem. Disse o sapo de dentro da lagoa.
- Chove quando a água da lagoa começa a borbulhar suas gotinhas.
- Como assim? Disse a lebre.
- Está visto que só chove quando as folhas das árvores começam a deixar cair as gotas d'água que têm dentro. 
Nesse momento começou a chover.
-Viram? Gritou a galinha.
- O telhado do meu galinheiro está pingando. Isso é chuva.
- não vê que a chuva é a água da lagoa borbulhando. Disse o sapo.
- Mas como assim? Tornou a lebre.
- Parecem cegos. Não veem que a água cai das folhas das folhas das árvores.
Moral: Todas as opiniões estão erradas..."

                                                                 (Millôr Fernandes )
Imagem: Google

A VERDADE NA MATA

Quebrando o tédio, disse um dos caçadores:
- Você quer apostar como eu saio e dentro de dez minutos volto com um tigre morto?
Disse o outro caçador, blasé:
- Bobagem: no Brasil não tem tigre.
- você leu nos livros, respondeu o primeiro
- E verifiquei na prática, tornou o segundo.
- Pois eu vou sair e voltar com um tigre para desmoralizar a sua teoria e a sua prática, disse o primeiro caçador.
- Vale quinhentas pratas?
O outro caçador disse que valia e o primeiro saiu carregando o  seu rifle. O outro ficou fumando cachimbo.  Daí a dez minutos um tigrão enorme meteu a cabeça na porta da tenda e gritou, com seu vozeirão:
- Hei velho, você deve quinhentas pratas à viúva do outro.

                                 (Millôr fernandes )

               
                                         
(Fábulas fabulosa, Rio de Janeiro, Nórdica, 1973

Imagem: Google

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

CORAGEM

 Diz uma antiga fábula que um camundongo vivia angustiado com medo do gato. 

 Mas aí ele ficou com medo do cão, por isso o mágico o transformou em cão.
Então, ele começou a temer a pantera e o mágico o transformou em pantera.
Foi quando ele se encheu de medo do caçador. A essas alturas, o mágico desistiu.
Transformou-o em camundongo novamente e disse:
“Nada que eu faça por você vai ajudá-lo, porque você tem a coragem de um camundongo”.

É preciso coragem para romper com o projeto que nos é imposto. Mas saiba que coragem não é a ausência do medo, e sim a capacidade de avançar apesar do medo.
                                                               Autor desconhecido

Imagens: Google   

sábado, 15 de agosto de 2015

EXPLICAÇÃO sobre a EXISTÊNCIA DE DEUS



O texto a seguir foi retirado do grupo: UM TOQUE PARA O DESPERTAR.

No ventre de uma mãe havia dois bebês. Um perguntou ao outro:

"Vc acredita em vida após o parto?"
O outro respondeu: "É claro. Tem que haver algo após o parto. Talvez nós estejamos aqui para nos preparar para o que virá mais tarde."
"Bobagem", disse o primeiro. "Não há vida após o parto. Que tipo de vida seria esta?"
O segundo disse: "Eu não sei, mas haverá mais luz do que aqui. Talvez nós poderemos andar com as nossas próprias pernas e comer com nossas bocas. Talvez teremos outros sentidos que não podemos entender agora."
O primeiro retrucou: "Isto é um absurdo. Andar é impossível. E comer com a boca!? Ridículo! O cordão umbilical nos fornece nutrição e tudo o mais de que precisamos.O cordão umbilical é muito curto. A vida após o parto está fora de cogitação."
O segundo insistiu: "Bem, eu acho que há alguma coisa e talvez seja diferente do que é aqui. Talvez a gente não vá mais precisar deste tubo físico."
O primeiro contestou: "Bobagem, e além disso, se há realmente vida após o parto, então, por que ninguém jamais voltou de lá? O parto é o fim da vida e no pós-parto não há nada além de escuridão, silêncio e esquecimento. Ele não nos levará a lugar nenhum."
"Bem, eu não sei", disse o segundo, " mas certamente vamos encontrar a Mamãe e ela vai cuidar de nós."
O primeiro respondeu: " Mamãe, vc realmente acredita em Mamãe? Isto é ridículo. Se a Mamãe existe, então, onde ela está agora?"
O segundo disse: "Ela está ao nosso redor. Estamos cercados por ela. Nós somos dela. É nela que vivemos. Sem ela este mundo não seria e não poderia existir."
Disse o primeiro:" Bem, eu não posso vê-la, então, é lógico que ela não existe."
Ao que o segundo respondeu: " Às vezes, quando vc está em silêncio, se vc se concentrar e realmente ouvir, vc poderá perceber a presença dela e ouvir sua voz amorosa lá de cima."

Este foi o modo pelo qual um escritor húngaro explicou a existência de Deus.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

A LENDA DA CRIAÇÃO DA MULHER


Conta uma lenda que, no princípio do mundo, quando Deus decidiu criar a mulher, descobriu que havia esgotado todos os materiais sólidos no homem.
Diante dessa dificuldade e depois de profunda meditação, fez o seguinte: tomou a redondeza da Lua, as curvas suaves das ondas, a terna aderência de uma erva trepadeira, o trêmulo movimento das folhas, a esbelteza da palmeira, a cor delicada das flores, o olhar amoroso da corsa, a alegria do raio de sol e as gotas de pranto das nuvens.
Juntou também a inconstância do vento e a fidelidade do cão, a modéstia do lírio e a vaidade do pavão, a suavidade da pluma do cisne e a dureza do diamante, a doçura da pomba e a crueldade do tigre, o ardor do fogo e a frieza da neve. Com essa mistura de ingredientes tão desiguais, criou a mulher e deu-a ao homem; Depois de uma semana, o homem veio e lhe disse:
- Senhor, a criatura que me destes me faz infeliz: quer toda a minha atenção, nunca me deixa sozinho, fala sem parar, chora sem motivo, diverte-se me fazendo sofrer e estou vindo devolvê-la porque não posso viver com ela!
- Está bem, respondeu Deus, e tomou a mulher de volta. 
Passou outra semana, o homem voltou e lhe disse:
- Senhor, estou muito solitário desde que devolvi a criatura que fizestes para mim. Ela cantava e brincava ao meu lado, olhava-me com ternura e seu olhar era uma carícia, ria e seu riso era música, era formosa e suave ao tato. Devolvei-la, porque não posso viver sem ela!
- Está bem, disse o Criador. E a devolveu ao homem.
Mas três dias depois, o homem voltou e disse:
- Senhor, eu não sei. Eu não consigo explicar, mas depois de toda esta minha experiência com esta criatura, cheguei à conclusão que ela me causa mai problemas do que prazer. Peço-lhe, tomá-la de novo! Não consigo viver com ela!
O Criador respondeu:
- Mas também não pode viver sem ela. E virou as costas para o homem e continuou o seu trabalho.
O homem desesperado disse: 
- Como é que eu vou fazer? Não consigo viver com ela e não consigo viver sem ela.
- Achei que, com as tentativas, você já tivesse  descoberto, respondeu então Deus. E explicou: 
AMOR é um sentimento a ser aprendido: é tensão e satisfação. É desejo e hostilidade. É alegria e dor. Um não existe sem o outro. A felicidade é apenas uma parte integrante do amor. Isto é o que deve ser aprendido. O sofrimento também pertence ao amor.
       ( Lenda retirada da coleção " HISTÓRIAS PARA VIVER FELIZ" -   de ROSANA BRAGA / Editora Minuano )

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

O MERCADOR E O LOURO

Era uma vez um mercador que mantinha um papagaio preso em um gaiola. Quando estava para ir à Índia, em uma viagem de negócios, ele disse ao pássaro:
- Eu estou indo à sua terra natal. Você tem alguma mensagem para os seus parentes selvagens?
- Simplesmente diga a eles - pediu o papagaio - que estou vivendo aqui em uma gaiola.
Quando o mercador retornou, falou ao papagaio:
- Eu sinto dizer que tão logo encontrei os seus parentes selvagens lá na floresta e os informei de que você estava engaiolado, o choque foi muito forte para um deles. Assim que ouviu a notícia, caiu do galho onde estava e não tenho dúvida de que morreu de tristeza.
Imediatamente, logo que o mercador terminou de falar, o papagaio teve um colapso e caiu inerte no chão de sua gaiola.
Penalizado, o mercador tirou o pássaro da gaiola, colocando-o do lado de fora, no jardim.
Então o papagaio, que havia captado a mensagem, levantou-se e voou para fora do alcance do mercador, antes que ele voltasse para enterrá-lo.

                          Histórias da Tradição Sufi, Edições Dervish

Conclusão pessoal: 
Por trás de um "sabido" há sempre um mais "esperto" oculto, ainda mais quando o sujeito procura uma saída para a prisão a que foi submetido... Liberdade a vista, vale qualquer coisa e sem outra alternativa, se não, o de ser criativo, aguardar um possível bom momento e usar adequadamente uma inteligente estratégia.
O que vale dizer também que: quando surgem as oportunidades para sair de um "aperto" em nossas vidas, precisamos saber conduzi-las com sabedoria, a fim de que possamos usufruir de bons resultados.
São meras tentativas que só valem para quem merece e não para que tem sorte, mas sigamos o exemplo desse irracional, quem sabe o mereçamos também. 
                                (Sônia Lúcia)
Imagem: Google

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O LAVRADOR E O LOBO

Tendo desatrelado a junta de bois, um lavrador levou-os ao bebedouro. Um lobo faminto e procurando comida encontrou o arado. De início, foi lambendo as selas do jugo que prendia os bois e, depois, sem perceber, acabou por enfiar o pescoço nele. Por fim, como não conseguisse tirá-lo dali, pôs-se a conduzir o arado pelo campo. O lavrador, ao voltar, viu  esta cena e disse: "Oh! pois, besta maldita, se pelo menos tivesses renunciado às rapinas e a pilhagem para trabalharem a terra!".


Moral: Assim, os homens maus, mesmo aparentando virtudes, não têm crédito, pois seu caráter não engana a ninguém.

  Fonte da Pesquisa:
  Coleção A Obra Prima De Cada Autor 
  FÁBULAS  ESOPO  
                   Martin Claret

sábado, 8 de agosto de 2015

DIA DOS PAIS/ A HISTÓRIA QUE MARCOU A DATA

Parabéns a todos os pais, tios e avós que conduzem com amor e carinho a vida de uma criança...



Abrace, beije, diga "Eu Te Amo" ao seu pai sempre que possível.
Faça de todos os dias um presente àquele que sempre segura sua mão.
A todos os pais,

     UMA FELIZ E ABENÇOADA VIDA!

Conheça um pouco da

história que marcou

 esta data:



O Dia dos Pais, assim como o Dia das Mães, tem origem bastante semelhante: uma data foi estipulada para que os laços familiares e o respeito fossem fortalecidos. Mas, segundo os historiadores, tudo começou há quatro mil anos na Babilônia quando um jovem chamado Elmesu esculpiu, em argila, um cartão para homenagear seu pai.

Dia dos Pais e o século XX

Muito tempo depois, em Washington/EUA, Sonora Louise Smart Dodd, ao ouvir um sermão dedicado às mães, teve a ideia de celebrar o dia dos pais. Isso porque seu pai, o veterano da Guerra Civil John Bruce Dodd, perdeu sua mulher em 1898 quando ela deu a luz ao sexto filho do casal. O resultado? John teve de criar sozinho o recém-nascido e suas outras cinco crianças.

Em 1910, Sonora, muito orgulhosa do esforço de seu pai, entrou em contato com uma entidade de jovens cristãos de Spokane, cidade onde morava. Juntos, eles enviaram uma petição à Associação Ministerial pedindo que uma data fosse eleita para a comemoração do Dia dos Pais. Em 19 de junho daquele ano, aniversário de John Dodd, foi comemorado o primeiro Dia dos Pais norte-americano.

Com a divulgação do acontecimento, em 1924, o presidente Calvin Coolidge apoiou a medida e, em 1966, o presidente Lyndon Johnson assinou uma proclamação declarando o terceiro domingo de junho como o dia oficial do Dia dos Pais nos EUA.


Dia dos Pais no Brasil

No Brasil, a ideia partiu do publicitário Sylvio Bhering e foi festejada pela primeira vez dia 14 de agosto de 1953, dia de São Joaquim, padroeiro da família. A data, posteriormente, foi alterada para o segundo domingo de agosto, por motivos comerciais.

Ao que se sabe, hoje em dia, pelo menos mais 11 países comemoram o Dia dos Pais. São eles: África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Canadá, Espanha, Grécia, Itália, Paraguai, Peru, Portugal, Reino Unido e Rússia. Cada um à sua maneira, com datas que variam entre os meses de março, abril, junho, agosto e setembro.



domingo, 2 de agosto de 2015

Causos: Chapéu 2 (Causo de pescador 2)

Agradecimentos  ao You tube por ter disponibilizado o vídeo.

PRESENTE DE ANIVERSÁRIO


"É conhecida a bela estória inglesa do casal jovem e pobre que  fez, entre si, a mais bela e a mais inútil troca de presentes no primeiro aniversário do seu casamento. Ele queria uma corrente de prata um relógio de bolso e ela, que tinha cabelos lindos e muito longos, havia tempo que vinha namorando um "pegador", também de prata, na vitrine da mesma loja em que estava a corrente. E ambos sabiam dos desejos um do outro. E faziam planos de surpresa..."Qualquer dia eu compro o pegador de prata para ela! Um dia destes eu compro a corrente de prata para o relógio dele... "E o tempo foi passando entre cálculos e esperas.
Finalmente, chegou o primeiro aniversário do casamento, quando tudo se resolveu. E de que forma! Ele vendeu o relógio para comprar o pegador! Ela vendeu os cabelos a um peruqueiro para comprar a corrente!
E lá ficaram os dois, na hora da entrega, com uma grande surpresa, a princípio dolorosa, mas que, logo, se desfez num grande abraço e numa gargalhada feliz!


*Texto editado na obra: FELIZ ANIVERSÁRIO!
*Autor da Obra: Héber Salvador de Lima
*4a. edição
*Edições Loyola

Imagem: Google