" O fazendeiro tinha um burro e um cachorrinho. O burro vivia no serviço, carregando balaios de café, milho e frutas. Trabalhava de sol a sol. O cachorrinho não. Estava sempre em casa descansado. A tarde, mal o dono apontava na estrada, o cachorrinho ia a seu encontro. E que festas fazia! Pulava, abanava o rabo, lambia-lhe as mãos. O fazendeiro então o pegava, alisava-lhe os pelos. E juntos chegavam em casa.
O burro nada perdia daquela cena diária. E um dia começou a pensar. E teve uma ideia brilhante para um burro...
Na tarde seguinte foi esperar o fazendeiro. Esperou-o ansioso, fazendo planos...
Ao vê-lo, na curva do caminho, correu para ele. E zurrava! E rinchava, mostrando uma fileira de dentes grandes! Levantava as patas para fazer-lhe festas!
O fazendeiro ficou amedrontado. O pacato daquele burro devia estar louco!
O burro esticou mais as patas dianteiras para alcançar-lhe o rosto! Então o dono assustou-se mais ainda e começou a gritar.
- Socorro! Socorro! Olhem este burro... Ele deve estar louco!"
(Maria Yvonne A. de Araújo. Gente grande e gente pequena. Belo Horizonte, Vigília, 1978)
CONCLUSÃO PESSOAL:
O comportamento do burro pode nos levar a várias conclusões, são elas:
* Atitude equivocada - Ao "pensar", um burro faz coisas que não condiz com sua natureza.
* Inveja - Copiar ou ser igual os outros é algo que nem sempre serve para quem o deseja.
* Carência afetiva - A necessidade da atenção e do carinho, pode levar a comportamentos absurdos e atitudes tresloucadas.
(Sônia Lúcia)
não gostei do final, deviam melhorar! aquele burro coitado que trabalhava o dia todo só queria um pouco de amor...
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