Pituanga tinha um trabalho importante: todas as noites passeava pelo Céu, para ver se as estrelas estavam direitinhas, em seus lugares.
As estrelas eram dóceis e obedientes.
Logo que a noite vinha chegando, corriam depressa, e cada uma ficava bem quietinha em seu lugar no Céu.
A estrelinha mais apressada era Uaiê - halocê. Ela sempre chegava primeiro.
Uma noite, Pituanga foi fazer a ronda de costume e viu que muitas estrelas não estavam em seus lugares.
Aborrecido, procurou-as por toda a parte.
A noite estava clara e linda e as estrelas tinham fugido para se banhar nas águas do rio Amazonas.
Pituanga, furioso resolveu castigá-las e gritou, olhando as estrelas nas águas do grande rio.
- Pois bem! Já que o Céu não lhes basta, já que gostam tanto desse rio, pois fiquem aí para sempre; não como estrelas, mas, como pedras brutas.
Ouviu-se um tremendo estrondo e enormes pedras caíram no fundo das águas do rio Amazonas.
Naquele instante, passava por ali a Iara, a fada das águas, e teve dó das infelizes estrelinhas que iam sofrer, por que gostavam do seu rio.
A Iara ordenou:
- Vai-te embora, Pituanga! Sou eu quem manda agora, nas estrelas.
E, estendendo a suas mãos alvas e finas, disse com infinita doçura.
- Estrelas que éreis do Céu, de hoje em diante sereis estrelas em flores, sobre as águas.
Mansamente as estrelas subiram, boiaram e, foi assim que nasceram as VITÓRIAS RÉGIAS."
Imagem do Google Desconheço o autor
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