quarta-feira, 27 de abril de 2016

"CENSURAS"

“O crítico de arte vinha habitualmente ao salão do escultor para examinar-lhe os trabalhos. Meses a fio  ei-lo a inspecionar-lhe a obra de ceramista, com rigorosa severidade.
Censor austero.
Observava linha por linha.
Profundo conhecedor de escolas e estilos.
Apontava deficiências.
Salientava inconveniências.
Protestava.
Reclamava.
Exigia.
Publicava suas opiniões, respeitadas e rígidas.
Certo dia, assestou a lupa para grande prato de pêssegos e passou a enumerar os defeitos das frutas, alegando que a Natureza jamais as produziria assim, com tantos senões. Só depois de longos apontamentos técnicos ao escultor espantado, é que verificou que os pêssegos eram frutos autênticos, ali deixados por alguém para o lanche do artista.”
OBSERVAÇÕES:
·       “Cautela com as censuras que lhe saem da boca. Muitas vezes, as longas advertências que dirigimos aos outros não passam de enganos criados por nossa própria imaginação.”
·       Extraído do jornal espírita (jun-jul-ago de 2015 – Belém-Pará-Brasil) “NOVA ERA”. Originalmente no Livro Bem aventurados os simples – pelo  Espírito Valeriun)

 Pesquisa no Jornal referido e imagens do Google por Sônia Lúcia.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

FERNANDINHA EM DIA DE PROVA

                
  Era segunda feira, dia de prova na Escola de Fernandinha, 10 anos.     Acordou mal-humorada, soltando fogo por suas ventas, tão pequeninas ainda.
  Teimava em desobedecer as ordens da mãe, até então, sempre tão bem acatadas; começando por não levantar-se da cama. Sua mãe, pacientemente esperava  que logo passasse e despertou-a melhor com uma chuveirada mal mente morna, dizendo:
  - Vamos filha! Amanhã vai me agradecer pelo que faço agora, quando der valor a minha exigência de hoje! Agora vamos tomar um café reforçado com leite de cabra tirado agorinha mesmo, quentinho e fresquinho. Até a cabrinha acordou cedo para ajudar você na sua primeira alimentação do dia. Temos também: seu bolo preferido, de cenoura que fiz, torrada com geleia , pão com manteiga e suco de frutas.
  Porém, a obediência de Fernandinha  estava além das carinhosas ordens da mãe que com mais rigor, fechou o cenho e deu-lhe a rigorosa ordem:
  - Não tem mais ajuda hoje! Vá para o seu quarto se arrumar já, já! Se não der tempo, adeus  café reforçado!  Aguardo-lhe para o almoço, se melhorar seu astral! E vamos depressa senão o cinto vai cantar no seu couro pela primeira vez! E lá se foi, fingindo-se muito aborrecida, para sua cozinha, providenciar o almoço do dia.
  Passado alguns minutos, aí vem a menina, prontinha, mas ainda com restos de descontentamento, afoita para o café! Sem dar uma palavra, assentou-se ao lado da mãe, serviu-se do que quis, sem demorar quase nada. Pediu-lhe sua bênção e saiu em direção ao carro que a levaria à escola da cidade mais próxima, não muito longe dali.
  - Ei menina! Não podemos nos atrasar, logo hoje! Bradou alegre a condutora do veículo com um forte e amistoso “Bom dia!” por todos  correspondido e,  acompanhados de um sorriso saíram tranquilamente.
  Às 11:30, Fernandinha chega da escola com um lindo sorriso no rostinho delicado e uma flor para a mãe que não a esperava tão cedo. E muito contente pela excelente prova que fizera, saudou sua mãe com um abraço e um beijo, dizendo-lhe assim:
  - Mãe, saiba que você é a melhor mãe do mundo e eu quero pedir desculpas pelo meu comportamento de hoje de manhã. Sei que nada justifica, mas é que eu estava insegura pela prova que iria fazer, já que o sono me venceu e eu não estudei todos os assuntos que a professora assinalou. Mas, veja só, como são as coisas: D. Anita teve um problema de saúde em casa e não teve tempo para terminar a elaboração da prova de História que passaria hoje e para não prejudicar o calendário escolar, passou a redação que seria em outro dia com o seguinte tema: “OS DESVELOS DE UMA VERDADEIRA MÃE E OS DEVERES DO(A) FILHO(A)”, considerando  que o DIA DAS MÃES  está bem próximo. E olhe só! Ela antes de passar a prova conversou sobre o tema, deu dicas com sabedoria, paciência e o amor que dedica ao seu trabalho e aos seus alunos. Isto foi uma verdadeira lição para mim, levando-me a fazer uma linda redação de trinta e cinco linhas, que a professora logo corrigiu, e me elogiando muito, deu-me a nota máxima!
   Entendi o plano de Deus como se fosse para mim. Em seguida veio  um grande arrependimento e desci com força a caneta no papel, entregando minha redação por primeiro de todos da sala, muito antes do término estabelecido por nossa mestra. Nesse momento prometi a mim mesmo que vou me esforçar para não comportar-me nunca mais assim.
  Grande emoção tomou conta daquela mãe e discretas lágrima desceram-lhe dos olhos.

    Em: 20/04/2016                                           Autora: Sônia Lúcia

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"UMA FAMÍLIA EM FUGA"


"No meio de uma floresta,
Trilhavam uns patinhos por lá,
Comandados por sua mãe pata,
Gritavam todos cua, cua!
Estavam fugindo de uma raposa,
Que não deixava ninguém sossegar,
Por isso não perderam tempo,
E um lugar seguro queriam achar!
Na floresta haviam muitas árvores,
E o medo parecia dominar,
Mas a mãe que era determinada,
Não se deixou intimidar!
E assim que avistou uma caverna,
Procurou seus filhos guardar,
Antes que a raposa esperta,
Quisesse a todos jantar!"
AUTORA: JOSY SANTOS
DATA:20/04/2016

sábado, 16 de abril de 2016

"O LIVRO DO PRAZER"


  Los libros perdidos de la Biblioteca Británica.

“Certa  Senhora de idade, de fisionomia serena e tranquila, parecia estar muito acima das tristezas e vexames que atormentam a maior parte das mulheres e que deixam fundos vestígios ainda que não tenham sido vítimas de nenhuma infelicidade.
  Uma amiga desgostosa perguntou-lhe um dia qual era o segredo de sua felicidade e a fisionomia dessa senhora brilhou de alegria.
  - Minha querida, - respondeu ela – tenho um Livro de Prazer.
  - Um o que?
  - Um Livro de Prazer. Há muito tempo que sei que não há um dia, por mais sombrio e triste que seja, que não contenha um raio de luz, e resolvi, desde então, registrar todas as pequeninas coisas que têm tanta significação para uma mulher. Tenho um livro anotado dia-a-dia, desde que saí do colégio. São pequenas coisas feitas com amor: um vestido novo, uma conversa com uma amiga, a solicitude de meu marido, uma flor, um livro, um passeio ao campo, uma carta, um concerto; tudo registrado no meu Livro de Prazer, e, quando eu me sinto com disposição para a melancolia, leio algumas páginas para sentir como sou feliz. Pode ver os meus tesouros, se o deseja.
  Vagarosamente, a mulher descontente e melancólica folheou o livro que a sua amiga lhe trouxera, lendo um pouco aqui e ali. Uma das anotações dizia assim: Recebi uma carta agradável de minha mãe. Vi um lindo lírio numa janela. Achei o alfinete que tinha perdido. Encontrei uma garota linda e contente na rua. Meu marido trouxe-me algumas rosas esta tarde.
  Fragmentos de versos e de leituras diárias estavam também anotados no Livro do Prazer desta mulher sensata. Estas palavras eram um repositório de verdade e de beleza.
    - E a senhora tem encontrado um prazer para cada dia? – perguntou a Mulher Desgostosa.
    Para cada dia, - respondeu ela com uma voz suave – transformei a minha teoria em realidade.
    A Mulher Desgostosa não devia ter continuado a ler; mas tal não fez; e encontrou uma página onde estava escrito: “Ele morreu com a sua mão entre as minhas e o meu nome nos lábios.”

"Não poderíamos nós seguir o conselho desta senhora, escrevendo também o nosso Livro do Prazer?
Abençoados sejam os criadores de alegria. Abençoados são aqueles que sabem amar e são amados."

* Retirado da Revista "A Cura pelo Amor" (Ano I - Nº1) - Ed. Minuano

* Ilustrações: do Google


sexta-feira, 15 de abril de 2016

O AMOR E SUAS COMPANHEIRAS

Cansado dos noticiários tristes e até apavorantes
que a mídia divulga nas reportagens diárias;
Confirmando a veracidade com que
os fatos fatídicos, fatais ocorrem
e entristecido com todos os acontecimentos
que vêm se devastando em nosso país
e alarmando toda a população terrestre,
O AMOR, (o personagem principal de nossa historinha) decide entrar em ação
contra todos os malfazejos sociais, entre eles: assassinatos,
assaltos, estupros, roubos, etc. etc.
que acontecem hoje no mundo, rotineiramente.
Quis, ele, portanto, encontrar maneiras para deter
a criminalidade de uma forma não agressiva.
E para isso, pôs-se a pensar e pensar...
Após ter-se isolado para sua pesquisa interior -
planos, ideias vinham e partiam.
Inicialmente, deteve-se nas definições
mais mirabolantes sobre o significado do amor
conceituados pelo homem moderno, equivocado.
e nada!
 Continuando convencido de sua decisão,
insistiu. Passaram-se longos dias.
E num certo momento, o Amor, consigo próprio confabulou:
- Heureca! Comecei errando! Como não pensei antes!
Jamais poderei chegar a um consenso, sozinho!
Sem partilhar e/ou pedir ajuda, não chegarei a lugar nenhum!
Preciso sair imediatamente do meu isolamento
para buscar reforço e ajuda fraterna,
antes que o mundo acabe de forma
tão triste, tão desastrosa e decepcionante!
E assim fez. Saindo a procura de companheiros. Logo
encontrou juntas: a Amizade, a Gratidão,
a Lealdade, a Alegria, a Honestidade e a Sinceridade.
Que foram logo falando quase juntas!
- Quanto tempo amigo Amor! Estivemos a sua procura
e já nos reunimos a fim de procurá-lo!
Disse a Alegria toda sorridente.
Exatamente! Falaram todas ao mesmo tempo!
- Mas o que fazes? Alguma ideia para melhorar
o mundo e os homens? Perguntou a Sinceridade.
E, continuou a Honestidade: 
- Viemos agora mesmo
dos hospitais públicos! Que lástima!
Um horror! É de ter dó...  Retrucou
 em lágrimas a Felicidade,
que escutara quando vinha se aproximando.
Só então o Amor, até ali, compenetrado,
contou sobre o plano que ainda não dera certo.
E logo, surgiram ideias. A começar pelas visitas
já iniciadas por parte do grupo.
E a Gratidão, até o momento em silêncio,
após profundo suspiro, disse em voz alta:
- Vamos lá!  Antes das visitas que haveremos de fazer,
iremos em algumas Igrejas ou Templos.
Pediremos ao nosso Criador toda a sua ENERGIA possível
para conseguirmos alcançar o objetivo ao qual
preocupados, estamos nos propondo!
- Bravo! E assim sentenciaremos nossas intenções!
Referiu pulando mais uma vez a Alegria, danada de alegre!
E lá se foram nossas criaturinhas,
rumo a bela ideia iniciada pelo Amor
e reforçada pelas companheiras sentimentais
que se encontram no interior de cada um de nós!

Concluo que façamos individualmente 
a nossa parte, porém sem esquecermos
que somos partes de um todo. 
Já diz um antigo ditado:
"A UNIÃO FAZ A FORÇA!"
Unindo todas as Graças que o Senhor deu
a cada um de nós e que estão em nosso interior!
No íntimo de nossos corações!!!

                              Autora: Sônia Lúcia

Direitos autorais reservados

Imagem: Google

quinta-feira, 14 de abril de 2016

"O COLAR"

“Depois do último beijo, ele deu a ela um colar de rara beleza e de muito valor.
Custara os olhos da cara, mas ela merecia.
Ela pegou a joia, emocionada, e a guardou com muito carinho.
Todos os dias, abria a caixinha, contemplava a joia e a guardava novamente, pois um colar tão lindo devia ser reservado só para ocasiões muito especiais.
Passaram-se vinte anos e ela nunca tinha usado a preciosidade, que guardava com tanta afeição.
Era só para ocasiões muito especiais.
No dia do sepultamento dela, ele chamou a filha, abriu a gaveta, pegou a fina caixinha doirada e tirou o colar lindíssimo, brilhante como naquele primeiro dia.
A filha arregalou os olhos em incontido deslumbramento.
- Era da sua mãe – comentou o pai. – Dei para ela no dia do casamento.
- Mas ela nunca usou! – espantou-se a filha.
- Ela esperava uma ocasião muito especial."

LIÇÃO:
*Cada dia é especial é único.”
           Autor: Lauro Trevisan - na obra: "HISTORIETAS do Baú do meu CORAÇÃO"

*Não percamos tempo esperando o dia especial para desfrutarmos do uso de coisas materiais presenteadas pelas pessoas que nos querem bem. Pois a vida no Planeta Terra passa depressa e mais brevemente do que possamos imaginar, o tempo flui ligeiramente, fazendo com que os nossos curtos momentos de alegria e felicidade deixem  de acontecer. Afinal, por que se furtar de momentos assim, também para o outro que vem ofertar sua dádiva de todo coração?

                                (Sônia Lúcia)
Imagens do Google 

terça-feira, 12 de abril de 2016

"OS ANIMAIS FALANTES"


No tempo em que os animais falavam, havia um macaco, chamado Malandro, que vivia numa ilha. Ele era o único habitante da ilha que não falava.
Ele pensava sempre: eu vou conseguir falar... eu vou conseguir falar.., isto enquanto comia suculentas maçãs (ele não gostava de bananas).
Até que teve uma ideia: ir à Floresta Rebuçado. Só que não podia ir até lá, porque havia lá um porco muito mau...
Mas ele queria tanto ir, que venceu o medo e foi...
Pelo caminho pensava: será que vou encontrar alguma coisa que me faça falar?
Pelo caminho, já na entrada da Floresta Rebuçado, ouviu um barulho...
- Quem está aí? Eu sou o Porco Pompo. E tu?
Mas o macaco nada dizia...
- Só há um animal que não fala... Já sei! És o Macaco Malandro!
 O macaco abanou a cabeça, respondendo afirmativamente.
- Vou-te ajudar a conseguires falar. Só tens de ir ter com o urso Urur. Ele ajuda-te! Ele vive na Caverna Escura.
E o macaco lá seguiu, todo contente, ao encontro do urso...
- Quem entrou na minha caverna??? És o Macaco Malandro? Queres a minha ajuda?
O macaca só abanava a cabeça a dizer que "sim"...
- Não há maças mágicas, nem pó de fada... então não sei como te ajudar... Espera... Tenho rebuçados mágicos! Se queres tanto falar, só tens de ir até à árvore dos rebuçados.
O macaco saiu da caverna a correr, até à árvore dos rebuçados. Assim que lá chegou, comeu todos os rebuçados que conseguiu... e, magia, gritou:
- Obrigado! Obrigado!...
Gritou tão alto, que até o urso e o porco o ouviram... e, afinal, pensou: o porco foi muito bondoso!
Colori, colorado, esta história está acabada.

domingo, 10 de abril de 2016

"AS DUAS FIORES"

Era uma vez, uma flor, criada no jardim, com todos os cuidados e com o maior carinho. Recebeu proteção contra as intempéries, as chuvas, os ventos e o sol escaldante.
Feliz e reconhecida por tantas atenções, a flor abriu-se de par em par, mostrando sua beleza, sua exuberância e sua vitalidade.
Desde logo, exalou inebriante perfume, cativando, com amor, as pessoas que lhe deram afeição e a protegeram nas várias etapas do seu crescimento.
Lá para muito além do jardim, no descampado do campo, despontava outra flor, vivendo aberta para a vida, exibindo alegre e vistoso colorido e exalando perfume silvestr e envolvente.
Criada por conta, enfrentou, corajosa, ventos impetuosos, tempestades violentas, frios de encolher e sol causticante, que muito lhe serviram para fortalecer sua garra indomável e levá-la ao sucesso, como estrela viva daquele céu verde assentado na terra.
Era admirável ver a alegria dessa flor, feliz por ter vencido as adversidades, por sua própria determinação e talento. Lá no meio de imensidão do campo, não tinha como contar com alguém, a não ser um ou outro inseto carinhoso e algum pássaro solitário que desfrutava da sua beleza e do seu perfume.
O sábio passou por lá, viu as duas flores desenvolvidas em ambientes diversos, mas ambas radiantes, e concluiu que assim é a vida: seja qual for a situação e as condições, o amor sempre faz a beleza e o encanto da existência."

"LIÇÃO: Não há situação desfavorável para quem ama."

OBS.:
Retirada da obra: "HISTORIETAS DO BAÚ DO MEU CORAÇÃO" de Lauro Trevisan (Editora da Mente)

* Ilustrações do Google 

sábado, 9 de abril de 2016

LIÇÃO DE OBEDIÊNCIA



 
  “Uma vez estava o pequeno Teófilo em casa, só com sua irmã Joana, e disse a esta:
  - Irmã, vamos ao pomar apanhar algumas maçãs?
  Joana respondeu:
  - Não, Teófilo; a mamãe nos proibiu apanhar as frutas, porque não estão ainda maduras.
  O menino redarguiu:
  - Mamãe  não nos vê.
  - mas o vizinho nos veria – retrucou a irmã.
  - então vamos ao sótão, onde a mamãe guardou peras para amadurecerem  e tiremos duas para nós; a mamãe não precisa sabê-lo e ninguém nos pode ver.
  -Ninguém? – objetou a boa menina. – Estás enganado, meu irmão; nunca estamos tão sós que deus não nos veja. Ele está por toda parte e vê tudo.
  - Tens razão! – concordou o pequeno. – Eu me esqueci de que ninguém se pode esconder  à vista de deus, porém agoRA MESMO OUVI DENTRO DE MIM  UMA VOZ QUE ME REPREENDIA DE TER PENSADO EM ROUBAR FRUTAS. Não, eu não quero apropriar-me do que  não me é dado, porque deus não nos quereria bem.
  E tens toda a razão – acrescentou a irmã.”



IMAGEM: GOOGLE

quinta-feira, 7 de abril de 2016

"A HISTÓRIA DE UM VIAJANTE"




“Ia um viajante, a pé, a uma cidade. Descansando, sentou-se à beira da estrada. Passou por ali um camponês que ia lavrar. O viajante levantou-se e, saudando-o , perguntou:
- Em quantas horas chegarei  à cidade?
O camponês respondeu:
- É preciso que caminheis.
- Eu bem sei que preciso caminhar – retrucou o viajante, - mas queira dizer-me em quantas horas lá chegarei?
- É preciso que caminheis – repetiu o camponês.
O viajante julgou que o homem era louco e pôs-se a caminhar depressa. Apenas tinha feito  uns vinte passos, gritou-lhe o camponês:
- Em duas  horas podereis estar na cidade.
Estupefato, indagou o viajante:
- E por que não me disseste antes?
Ao que o outro replicou:
- Como eu vos podia dizer, antes de ver se caminháveis depressa ou devagar?"

"Assim, meus caros, também vos deveis caminhar na estrada do progresso, antes que se possa dizer-vos se estais ou não perto de vosso alvo.”

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