quarta-feira, 4 de novembro de 2015

CONTINHO




Era uma vez, um menino triste, magro e barrigudinho do sertão de Pernambuco. Na soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem quando passou um gordo vigário a cavalo:

- Você aí, menino para onde vai essa estrada?
- Ela não vai não; nós é que vamos nela.
- Engraçadinho duma figa! Como você se chama?
- Eu não me chamo não, os outros é que me chamam de Zé.

               Paulo Mendes Campos - Rio- 1976

Imagens do Google                                                                      


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