Certo homem muito mau chamado Jacinto Sena morava na periferia de uma cidade grande, com a mulher e sete filhos, sendo três mulheres e quatro homens, dois dos quais, gêmeos.
Alcoólatra, fumante inveterado, consumia bebida alcoólica diariamente, passando o dia inteiro nos botecos do bairro onde morava. A noite ficava nas praças e ruas próximas ao mercado até pelas tantas... quando não tinha mais a companhia dos comparsas e o frio lhe atacava o corpo. Ocasião em que vestia-se de animal raivoso e planejava, andando trôpego, pelos becos e vielas, até chegar à casa, para o tratamento que ia dar para sua pobre esposa e coitados filhinhos que tinham entre 1 e 8 anos de idade. Era Mecânico de Autos, porém estava desempregado há dois anos, nem procurava mais serviço. Sem trabalho e sem futuro e com apenas 30 anos de idade. D. Lucília, com 28, formada de professora de crianças, sem família na Capital, já que viera ali para estudar, não tinha quem a ajudasse e nem condições de empregar-se, devido todos os seus afazeres domésticos. Fazia bicos. Um aqui outro ali para sustentar a família, trabalhando como lavadeira, ajudante de cozinha, serviço de limpeza e até braçal. Vez ou outra chorava contando seu sofrimento das misérias pelas quais passava para alguma pessoa amiga. Porém era incapaz de acusar o pilantra do marido pelos maus tratos que ele fazia, porque o amava e tinha esperança de vê-lo mudado. No entanto, ao ver D. Lucília desse jeito, pois cansada chegava ao final da tarde depois de passar por algum comércio para providenciar o alimento da família, que ia preparar, e ainda passar na escola para pegar as crianças, algumas vizinhas lhe diziam: - Larga esse homem! Ele não serve pra nada! Além de lhe dar despesa, a maltrata todos os dias! Está acabando sua mocidade e sua saúde!
Mas ela calava, pois tinha medo devido as ameaças com que ele a afrontava.
Até que, denunciado por algumas boas vizinhas, foi visitado pela polícia do bairro, sem flagrante algum que não fosse a boa vida que levava, seu Jacinto foi apenas advertido por policiais, para um termo de bom viver. Tremia de medo do castigo de ser preso, o covarde sujeito resolveu fingir que concordava, no entanto tramava um plano diabólico de vingança contra a mulher, achando que partira dela as queixas à Polícia. Chegou a arrumar uns bicos de trabalho, se aquietando e fingindo ficar bonzinho, para ganhar confiança de todos.
Sônia LúciaA autora todos os direitos autorais.
Obs.: Aqui faço uma pausa para não cansar o leitor , assim como, causar um certo suspense à história.
Foto acima do Google
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