Certo cão perdera uma das patas dianteiras em acidente e seus donos morreram logo depois; não tendo mais com quem viver, ficara sozinho numa casinha confortável construída pelos ex-donos na frente da casa onde moravam. Até que conseguisse uma adoção.
Os vizinhos lhe davam um banho semanal, água limpa para beber e uma alimentação diária, ainda que "contra a vontade" dos mesmos. Criado com rígida disciplina, tinha um comportamento "invejável". D. Clara, fora sua dona, e também enviuvara há pouco tempo antes do seu falecimento. Mas já percebendo que não iria sobreviver a uma doença que carregara com heroísmo por alguns anos, a morte do esposo apressou também sua partida. Foi então, quando no leito de morte, acertou em pagamento com uns vizinhos amigos, para que cuidassem do Franco, o cãozinho por quem tinha um amor maternal.
Sua rotina era igual todos os dias. Pela manhã, ficava na porta de sua casinha, apanhando sol por meia hora, depois entrava e de lá não saía a não ser quando necessário ou chamado por seu benfeitor, o vizinho. E a noite, ficava de vigia, fora da casinha.
Sua rotina era igual todos os dias. Pela manhã, ficava na porta de sua casinha, apanhando sol por meia hora, depois entrava e de lá não saía a não ser quando necessário ou chamado por seu benfeitor, o vizinho. E a noite, ficava de vigia, fora da casinha.
Porém um dos filhos de seu Ernesto implicava com Franco, porque ao chegar pela madrugada nos finais de semana, o cãozinho avançava em suas pernas, até a mãe vir e pedir que ele deixasse o rapaz entrar, além de reclamar pela caridade praticada todos os dias.
Muito aborrecido, uma das noites, o rapaz fechou a passagem de Franco que dava para sua casa, a fim de que a mãe não o visse chegar, tarde da noite.
Algo desagradável, no entanto, aconteceu: Ari, o tal rapaz, ao chegar, lá pelas tantas, não percebera que vinha sendo seguido por malandros, que invadiriam sua casa para roubar, logo que este abrisse a porta. Franco ficou de guardião, acordado à porta da passagem que estava fechada durante toda a noite.
Porém, antes mesmo que o pior acontecesse, o cãozinho amigo, enxergou-os de longe e começou a latir, tão forte, tão alto que a quadrilha espantada e assustando-se os bandidos correram dali, mas a Polícia, em ronda no quarteirão, e já no seu encalço, prendeu todos os bandidos. Ari, morrendo de medo, levou uma "bronca" e muito arrependido pelo que fizera, resolveu, juntamente com o pai, a mãe, e os irmãos, adotar Franco, rejeitado pela família inicialmente, por perceberam o nobre gesto do animal e o quanto necessitavam dele, já que salvara todos de um possível enorme problema.
Aut.: Sônia Lúcia
Conclusão:
Este é um conto que vem mostrar o quanto é importante fazer o bem, ainda que seja para um animal. A atitude pueril do rapaz, o levou, juntamente com toda a família a repensar no quanto seria válido para eles adotar aquele ser já domesticado e ensinado com apuro por seus ex-donos. Mostrando também que o bem seria revertido para os próprios benfeitores.
Em tese podemos concluir que o bem que é feito a outros, sem quaisquer distinções, de alguma forma ou por quem quer que seja, pode retornar aqueles que o fizeram.
(Sônia Lúcia)Imagem do Google com fins ilustrativos.
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