segunda-feira, 21 de novembro de 2016

EU E O ESPELHO

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Conheci alguém que muito queria conhecer o amor, mas por má sorte ou por merecimento, talvez, só lhe era disponibilizado o desamor, o sofrimento e a dor. O que mais fortalecia  o seu desejo de amar e de ser amado.
·   Certo dia, porém, recebeu a visita de outro alguém que vivia numa baita solidão, quase chegando à depressão!
·  Ambos se reconheceram no sofrimento que os atingia e puseram-se a dialogar. Porém, não paravam de falar, expressando-se ao mesmo tempo! Era a mesma fala e a mesma história. Desistiram. Baixaram a cabeça, constrangidos de continuar. O silêncio reinou entre eles.  Olharam-se nos olhos, ambos na mesma direção. Puseram-se então, a chorar. Novamente soluçaram juntos. Uma lágrima, duas, três... rolaram em suas faces. Entreolharam-se juntos também. Fecharam o cenho. Arregalaram os olhos. Abriram a boca num espanto só! Sorriram enfim...
·       Só então, comecei a rir alto. Dei gargalhadas a não mais conter-me! Encontrei, não um parceiro, mas um amigo.
·                Estava eu à frente de um espelho!
Enfim, acordei e me achei! Pois de bobeira, encontrei alguém que vale a pena, por primeiro, eu amar.


                                  XXX

·       A moral dessa minha história é que, quando estiver sozinho, sem um (a) amigo (a),  
  para dividir suas alegrias, dores  ou  dissabores, busque o espelho como seu único leal companheiro e encontrará você, a quem deve amar de verdade e por primeiro.

 Aut.: Sônia Lúcia

 A autora todos os direitos reservados 


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