segunda-feira, 24 de julho de 2017

QUINZINHO, O GAROTO DA CIDADE GRANDE

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   Joaquim era um garoto de 12 anos,  filho único. Nascido e residente na cidade grande, era estudioso, almejava tornar-se médico um dia para exercer a profissão num lugarejo onde conhecera alguns garotos, filhos de trabalhadores de uma fazenda de pequeno porte.
  Em férias, alguns anos antes, Quinzinho, assim conhecido, teve a oportunidade de conhecer muitas famílias que só possuíam o básico para a sua sobrevivência, mal tendo o que comer. Inclusive a alimentação familiar que provinha de suas criações e uma grande horta coletiva e caseira de três ou quatro famílias de empregados da mesma fazenda.
   Muito diferente de seus  hábitos advindos de família de posse que tudo tem porque tudo pode obter, o garoto foi tocado consideravelmente quando observou que as famílias eram numerosas e os pais ganhavam pouco, portanto tudo era muito bem dividido entre os filhos. E quando algo não dava pra dividir, eles que pouco possuíam, doavam a outra família somente para que não houvesse diferença entre um e outro filho, o que poderia gerar brigas entre eles. Gente pobre financeiramente, mas rica em honestidade e caráter com quem muito podemos ainda aprender.
   Porém as surpresas tanto pendem para o lado do bem quanto para o lado do mal. E foi quando a família do garoto sofreu uma transformação na área dos negócios. E a empresa do pai de Quinzinho abriu falência, a mãe, D. Ruth engravidou e perdeu seu emprego e, já buscava outro para continuar contribuindo com a família, ainda mais agora com o advento de mais um...
Quinzinho passou a fazer parte de um grupo de amizades que, apenas aparentemente era do bem, e já “balançava” para os assédios que os garotos costumavam fazer nestes casos. Quando o pai descobriu e foi em cima, mas ele já se preparara pelos comparsas a encarar a família. Juntando recursos, ele e a mãe conseguiram, com alguma barganha, pelo  menos, proibi-lo a continuar reunindo-se ao grupo.
Mas as batalhas enfrentadas pelos três foram duras. E agora, com 13 anos, Quinzinho foi ajudar o pai quando não estava na escola.
Doze longos meses se passaram, Diana já nascera, felizmente saudável. A mãe recebeu a promessa de ser readmitida no emprego que o perdera por um gerenciador de fofocas de lá. E seu João estava recomeçando o que havia perdido, também por excesso de confiança em um empregado seu.
   Nosso garoto já nem planejava mais os sonhos de antes, até que recebeu uma visita inesperada, a daquela família pobre da fazenda. Que prosperou tanto, ao ponto de ir vê-los levando-lhes muita frutas e legumes da primeira safra de sua produção, como retribuição do que fizeram por eles em momento dificultoso para aqueles.
   Diante disso, Quinzinho tornou-se muito amigo dos dois meninos (11 e 15 anos) da família de dez pessoas, que o incentivaram ao velho sonho de exercer a medicina com alguns anos e depois, trabalhar para os menos favorecidos monetariamente.
             Aut.: Sônia Lúcia
Obs.: A autora todos os direitos reservados.

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