quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

EXTRAORDINÁRIA MUDANÇA ( Parte II)

                     Imagem relacionada                                    
  Os meninos, muito assustados, foram conduzidos até a Delegacia e a convite policial, acompanhados pela testemunha da tentativa do assalto: Sr. Jorge Mascarenhas, rico empresário, conhecido por muitos na área empresarial. Após longa conversa, Joaquim acalmou-se e pode contar o ocorrido enquanto Josiel, o mais franzino e sensível continuava amedrontado (pois nunca tinha assistido algo semelhante em sua cidade natal). Feito o retrato falado do principal acusado e tendo que preencher alguns dados pessoais, faltou o endereço, a presença dos pais e documentos ( nada sabiam a respeito de registro de nascimento, ignorando também seus sobrenomes). Ao perceber o agravamento do caso, até mesmo por apresentarem a quantia “vultosa” que possuíam, o sr Jorge assumiu-se como responsável, uma vez que conhecia de vista os garotos, sempre que  ia ao supermercado. Tendo o Delegado insistido para o recolhimento dos dois, o Sr Jorge, de súbito, propôs, assinando ali mesmo, a forma legal provisória para adoção, mesmo diante da advertência da autoridade. E já em concordância com este, dali mesmo levou-os para a sua residência.
   Bem, o leitor deve fazer ideia do que aconteceu com aquelas duas crianças que entre pasmas, assustadas e alegres, deixaram-se conduzir  pelo bondoso senhor.
   - “Que casarão! É aqui que o senhor mora dotor? E nós vai de morar aqui também com o senhor?” Falaram estupefatos em uníssono com  linguagem interiorana!
     A emoção, de tão grande que era, choravam e riam ao mesmo tempo espantados!
   Josué, totalmente recuperado do primeiro susto, não se continha de tanta felicidade!

   Novamente farei aqui uma pausa para a continuidade da linda história (que se transformou...) de amor incondicional  ao próximo demonstrado por este distinto senhor.

                                     Aut.: Sônia Lúcia

    Obs.:  À autora todos os direitos reservados.

Foto: do Google

domingo, 25 de dezembro de 2016

UMA VIDA DIFÍCIL ( Parte I )

Resultado de imagem para os dois garotos
   
 Conta-se a história de dois meninos, após terem sido abandonados pelo pai, e um ano depois, fora a mãe portadora de uma doença grave, levando-a, em seguida, à morte. 
   Abandonados  a própria sorte, passaram a viver de casa em casa, de parentes e vizinhos que nada tinham para lhes dar. Até que o esperado aconteceu. Sem ter o que comer nem onde dormir, Joaquim e Josiel, ambos com 12 anos, gêmeos, cheios de sonhos, com uma mochila nas costas, cada um, foram parar nas ruas de uma cidade grande, pegando carona da cidadezinha miserável onde nasceram e viveram até então. Ignorados por todos, os garotos, apenas tinham aprendido a ler, ensinados pela própria mãe, que fora desprovida de qualquer recurso que não fosse  algumas lavagens de roupas das pessoas mais ricas do lugar; encontraram “pais de rua” que quiseram “adotá-los” como usurpadores do alheio e até como traficantes. Sempre mantendo a dignidade ensinada pela mãe, fugiam em desabalada carreira diante de tais propostas. Inteligentes, bolaram fazer alguns “bicos” para sobreviverem, e juntarem algum dinheiro  para comprarem qualquer coisa que pudessem negociar e  tentarem, aos poucos, sua autonomia, sem no entanto, se largarem um do outro, começando por oferecerem seus serviços braçais, como: carregar sacolas à frente de lojas e supermercados ou mesmo buscar um táxi para o freguês.    De seus biscates, retiravam o mínimo para comprar uma fruta na feira, já que não sabiam o que era sanduíche, cachorro quente, etc. porque onde moravam nada disso existia.

  Ao final de dois meses nossos pequenos heróis, tinham conseguido juntar apenas R$650,00. Ora passando a noite em pátios com coberturas e abertos, ora em bancos da via pública, mas sempre alternando a dormida para que não lhe levassem seus parcos pertences. 
   Certa noite, quase foram assaltados por pivetes, quando um bondoso homem chamou um policial  e ambos ouviram a triste história dos garotos que entre uma palavra e outra soluçavam e tremiam de medo e já pensavam em voltar para "Curianópolis" de onde vieram. 

  Porém, aqui, a rotina dos garotos vai sofrer uma "extraordinária mudança". Aguardemos a segunda parte desta história.  
                                Aut.:  Sônia Lúcia   
Obs.: A autora todos os direitos reservados.

          Imagem do Google

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

"O VESTIDO AZUL"

"Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita. Ela freqüentava a escola local. Sua mãe não tinha muito cuidado e a criança quase sempre se apresentava suja. Suas roupas eram muito velhas e maltratadas.

Imagem relacionada"O professor ficou penalizado com a situação da menina. "Como é que uma menina tão bonita, pode vir para a escola tão mal arrumada?".

Separou algum dinheiro do seu salário e, embora com dificuldade, resolveu lhe comprar um vestido novo. Ela ficou linda no vestido azul. Quando a mãe viu a filha naquele lindo vestido azul, sentiu que era lamentável que sua filha, vestindo aquele traje novo, fosse tão suja para a escola. Por isso, passou a lhe dar banho todos os dias, pentear seus cabelos, cortar suas unhas...
Quando acabou a seman
a, o pai falou:

- "Mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more em um lugar como este, caindo aos pedaços? Que tal você ajeitar a casa? Nas horas vagas, eu vou dar uma pintura nas paredes, consertar a cerca plantar um jardim."

Logo mais, a casa se destacava na pequena vila pela beleza das flores que enchiam o jardim, e o cuidado em todos os detalhes. Os vizinhos ficaram envergonhados por morar em barracos feios e resolveram também arrumar as suas casas, plantar flores, usar pintura e criatividade. Em pouco tempo, o bairro todo estava transformado.

Um homem, que acompanhava os esforços e as lutas daquela gente, pensou que eles bem mereciam um auxílio das autoridades. Foi ao prefeito expor suas idéias e saiu de lá com autorização para formar uma comissão para estudar os melhoramentos que seriam necessários ao bairro. A rua, de barro e lama, foi substituída por asfalto e calçadas de pedra. Os esgotos a céu aberto foram canalizados e o bairro ganhou ares de cidadania.

E tudo começou com um vestido azul...

Não era intenção daquele professor consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse o bairro. Ele fez o que podia, deu a sua parte. Fez o primeiro movimento que acabou fazendo que outras pessoas se motivassem a lutar por melhorias. Será que cada um de nós está fazendo a sua parte no lugar em que vive? Por acaso somos daqueles que somente apontamos os buracos da rua, as crianças à solta sem escola e violência do trânsito? Lembremos que é difícil mudar o estado total das coisas. Que é difícil limpar toda a rua, mas é fácil varrer a nossa calçada. É difícil reconstruir um planeta, mas é possível dar um vestido azul.

Há moedas de amor que valem mais do que os tesouros bancários, quando endereçadas no momento próprio e com bondade.

Você acaba de receber um lindo vestido azul. Faça a sua parte.

A atitude das pessoas, faz a diferença. Pense nisso."


 
Imagem do Google                         Autor desconhecido