quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

UM HOMEM BOM

   
     Nessa história venho narrar a existência de um sujeito simples e muito bom. 
Resultado de imagem para imagens  gifs do Google relacionadas ao homem de bem - com   Vivera solidário com todos e portanto, amorosamente, por um século vivido na Terra. Muito abatido o velhinho, porém, chegara o dia de sua partida, uma vez que chega para todo mundo e para o seu Juvenal, não foi diferente.
  Chegaram então os parentes e amigos de moradas mais distantes, para a despedida, e ele logo iria "embora", após conversar, bem devagar e baixinho, com todos ali; pedia que não chorassem, pois estava muito feliz pelos aprendizados recebidos e conquistas realizadas com tudo o que fizera nesse plano terrestre, mas  tendo muito ainda que aprender... Seu corpo não respondia mais pelas atividades de anos e anos em prol do bem; não tinha mais condições das realizações que até pouco tempo fazia. Suas pernas não davam mais conta dos quilômetros alcançados para visitar àqueles que precisavam, sua fala titubeante, olhos com visão turva e audição difícil... Não! Seu Ju, como era conhecido por todos, não conhecia mais o prazer do bem praticado desde a infância que aprendera com os pais e avós. 
  E lhe falavam que estavam emocionados demais para não chorar, mas também felizes por ele.  
   Um tataraneto porém, arriscou uma pergunta. Para ele, muito importante:
   -Tata, você vai pro Céu, né mesmo? Ao que respondeu, com dificuldade, mas sempre sorrindo:
   - Não importa para onde... Quero continuar atendendo os irmãos necessitados de mim. Assim... serei ainda e sempre feliz. E vagarosamente acenava pedindo ósculos dos presentes. Ao chegar no último, fechou as pálpebras cansadas e com um profundo suspiro, o bom homem partiu com um rosto sem rugas, tendo rejuvenescido bruscamente em semblante tranquilo. E ao mesmo tempo um ramalhete de rosas de cor em matiz naquela humilde casinha, recendia repentinamente um doce aroma espalhado por leve brisa que entrava pela janela do quarto na hora do Sol se pondo no horizonte. O que surpreendeu quem  estava ali. Alguns até comentaram ter visto pingos de luz nos ares daquele ambiente. Entre as várias crianças então, foram unânimes nesta visão...
   Deixemos seus familiares e verdadeiros amigos com a precoce dor da saudade, para nos deliciarmos com a partida do seu Juvenal.

   O que terá acontecido com nosso personagem? 

   Do outro lado, tranquilo dormia como um verdadeiro Anjo. Seu Guardião nunca  o vira dormir tanto e tão serenamente... E então, o acordaria? Que dó! - Vou esperar mais um pouco sua hora de acordar.
   Mas não demorou muito... Então seu guardião falou meigamente em pensamento:
  - E  aí parceirão? Nossa luta continua... E esboçando sorriso brincalhão, continuou:  
  - Moleza agora, não dá, né velho?! (Conversavam assim antes, em sonho, após os  atendimentos fraternos  que faziam juntos).
  Lentamente o Ju foi acordando meio espantado, procurando a porta para sair. Até que sentiu e viu as diferenças. 
   - Oi! onde estou? Não morri? Cadê os Anjos com suas harpas? 
   - Ih, velhinho! Por enquanto, nada disso! No Paraiso você sempre esteve, pois este é igual a sua felicidade. Está dentro de você!  E após um refazimento breve, já que seu corpo espiritual está perfeito e tendo resgatado o que precisava nessa estadia na Terra... vai conhecer a Colônia, sua nova morada. E na sequência, estudar para depois, fazer o que mais gosta, ajudar quem precisa. Combinado? Mas... como está se sentindo agora?
  - Sim, tá bom! Estou me sentindo muito bem! Não  sabia que era assim. E quando me permitir, vou logo atender quem precisa, como gosto e sempre quis. Respondeu ainda titubeante.
   No decorrer, tudo aconteceu conforme o planejado por Deus e de acordo com os merecimentos do velho Juvenal. Afinal suas obras terrenas, sua disciplina de homem bom, simples, solidário e caridoso, ditaram o  seu futuro nessa sequência lógica do plantio que fez no mundo que acabara de deixar para trás.

   E então? Esta é uma história que criei, sem emoções fortes, "água com açúcar" como diriam muitos, mas voltada para o Bem, através de um personagem que trouxe o seu bom exemplo, vivendo como deveria viver cada um de nós... Deste modo, o melhor que temos a fazer é seguir este caminho, e com a bússola da simplicidade, acreditar que a solidariedade junto à prática constante da caridade nos leva com perseverança e fé à nossa evolução como seres espirituais que somos.
                                                               Autoria: Sônia Lúcia

  NOTAS IMPORTANTES: 
  Obra escrita inteiramente criativa, própria e individual e que requer a exigência da identificação, caso alguém se interessar em compartilhar ou copiar. OBRIGADA!

 Imagem do Google simplesmente com fins ilustrativos. 


domingo, 9 de fevereiro de 2020

PAPAGAIO AGITADO

  Resultado de imagem para o papagaio e a gatinha
   Era uma vez um papagaio.
   Único animal da grande casa de seus donos.
   Vivia a andar ou voar, durante o dia, o tempo todo.
    Agitado como o quê! Falava tudo o que ouvia.
   Até diziam que era a mais inteligente das aves de sua espécie; suas penas tinham as cores do Brasil.
   Seu nome era duplo: Lorico brasileirinho.
 Muito carinhoso, entregava sua cabecinha para também receber carinho de qualquer pessoa. Amava crianças e idosos, principalmente.      Porém detestava gatos. E quando Miroca, a cinzenta gata do vizinho era vista por ele, então, Lorico virava o "capeta", emitia palavrão, girava, girava e suas penas se arroxeavam, mudando totalmente de cor. E partia com bicadas pra cima de Miroca.   
   Francisco, o dono da gatinha bufava de raiva. Mas gostava dele apesar de tudo.
 Por isso ficou a pensar o que fazer para mudar a atitude desse bichinho tão simpático em outros momentos. E pensou, pensou... Pensou por vários dias, enquanto Miroca vivia presa, escondendo-se do "inimigo" declarado. E tristinha, miava baixinho quando atacada; seu miado mais parecia um gritinho de socorro. E do seu olhar então, nem se falava.
  Francisco, e Lourival dono de Lorico eram amigos e viviam conversando sempre sobre todos os assuntos.
  Valendo-se do dom da fala de Lorico, com sua "inteligência", a imaginação do vizinho, focou no aspecto; - por que essa cisma do Lorico com Miroca??? Com ninguém mais ele é assim...
 Até que num belo dia em que o sol nascia com os animais do sítio, o moço Francisco, num gesto automático, levantou-se da cama de ímpeto, despertando antes de seu relógio, juntamente com suas galinhas. E com a expressão de alegria bradou em alta voz:
   - Viva o Sol! Viva o mundo e seu Criador! E correu em direção da cerca que separava a sua da casa de seu vizinho Juvenal que, espantado, acordara, e esfregando os olhos disse assim:
   - Que houve amigo, tirou na sorte grande ou arrumou ontem uma linda namorada?!
   - Nada disso, vizinho! Somos amigos, mas não vou contar ainda sobre um sonho maluco e uma ideia extravagante que surgiu para resolvermos a pendenga de seu louro malvado com minha gatinha. Mas vou resolver após amadurecer meus pensamentos loucos. Só preciso do seu consentimento para levá-lo a um passeio comigo. Somente eu e ele. Confia? 
   - Olha lá, amigo... E coçando a cabeça, continuou:
   - Tá bom Chico, resolvido! Confio no amigo. Vai!
    E assim foi por uma semana. E na outra seguinte, levou também a Miroca, após três tentativas de aproximação dos dois... resolveu levar também o "prêmio": um apetitoso pedaço de abóbora, cozida no leite de coco (alimento mais apreciado por Lorico, e também por Miroca - dois pedaços então). 
   E a transformação foi visível ao findo de 90 dias!
    - Como aconteceu isso? Falou o parceiro.   
    - Ah, bom amigo!... Deixa pra lá por enquanto, um dia lhe contarei em detalhes. Estou  cansado dessa história agora. Mas fique sabendo que até hipnotismo aconteceu para que hoje esse menino apresentasse essa transformação.
   - Está bem. Graças a Deus deu tudo certo. Estou grato a você! Quero saber, mas fico no aguardo. Muito obrigado!
   E abraçaram-se mutuamente como fazem os bons camaradas.
   
                                                                    XXXXXXXXXXXXX

  Quem sabe outro dia continuarei a estória de Lorico & Miroca e contarei como foi que Francisco conseguiu modificar seu vizinho papagaio? Não custa aguardar...
     Obrigada!

   E aí, você gostou da estorinha que inventei? Eu gostei muito, mas sou suspeita para opinar. 
  Saiba ainda que ela surgiu de repente nesse cérebro repleto de pensamentos excêntricos, às vezes. E que, de vez em quando, dá asas a sua imaginação.
    
   Que nota você daria a esse cérebro impossível? 
    

                                      Autora: Sônia Lúcia
                                     (Em: 01/02/2020) 

Notas: *Direitos autorais exigidos.

            *Imagem do Google.