quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

ERA GLACIAL

   
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 "Durante uma era glacial bem remota, quando parte de nosso Planeta se achava coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram. Indefesos por não se adaptarem às condições do clima hostil.
   Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais. Bem próximos um do outro, cada qual podendo sentir o calor do corpo do outro. E assim bem juntos, unidos, agasalhavam-se mutuamente. Assim aquecidos, conseguiam enfrentar por mais tempo aquele inverno horrível.
   Vida ingrata, porém... os espinhos de cada um começaram a incomodar, a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor.
   Feridos, magoados e sofridos começaram a afastar-se. Por não suportarem mais os espinhos dos seus semelhantes, eles se dispersaram.
   Novo problema: afastados, separados, começaram a morrer congelados.
   Os que sobreviveram ao frio, voltaram a se aproximar, pouco a pouco. Com jeito e precauções, unidos novamente, mas cada qual conservando uma distância do outro. Mínima, mas suficiente para conviver, sem ferir, para sobreviver sem magoar ou causar danos recíprocos.
   Assim  agindo, eles resistiram à longa era glacial. Apesar do frio e dos problemas, conseguira sobreviver."

"Viver não consiste em respirar, mas em agir; e nada de grandioso se consegue sem uma forte vontade e de uma grande parcela de amor, para podermos superar as dificuldades e as limitações."

"O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades."

CONSIDERAÇÕES de Sônia Lúcia
   Essa fábula nos  trás a deliciosa mensagem que podemos traduzir dizendo que a vida NÃO consiste simplesmente em respirar, comer, dormir, existir, etc. Pois nada de mais nobre conseguiremos sem a união, sem o bem-querer pelo outro. O que nos leva ao mais forte e poderoso dos sentimentos: O AMOR.

Nota Importante:
Caríssimo leitor, esta é uma obra que pode ser copiada, distribuída, exibida, comentada, curtida e compartilhada, desde que seja citada  a sua autoria: Sônia Lúcia
                        Obrigada!

sábado, 23 de dezembro de 2017

O MILAGRE DO NATAL

   

Resultado de imagem para família feliz com gifs  Juquinha de sete anos era um menino que vivia triste. O pai fora embora de casa e a mãe que ficou com três filhos adoeceu em seguida, estando muito mal. Seus bons vizinhos foram em busca dos parentes.   Encontraram a avó materna um pouco longe dali. Mas tão logo soube, imediatamente foi até sua filha e as crianças. Bastante religiosa, D. Gertrudes, começou a rezar enquanto seguia viagem, embora pobre, assustou-se com a miséria extrema com que se deparou naquela casa, onde não havia sequer um alimento. E os 2 dois filhinhos menores pediam ao irmão mais velho, que virara o chefe da casa. E a avó pasma e assustada, lagrimou ali, quase petrificada com o que via. Mas respirou fundo abençoou os netinhos e a filha que ardia em febre alta, pondo-se esta a chorar.
  Naquele dia, Juquinha não pudera ir ao sinal vender: balinhas, chicletes e pipocas que os vizinhos de alma boa lhe doavam para ganhar algum dinheirinho; além de roupas e alguns alimentos, já que também não sobrava em suas casas. 
  - Que fazer, meu Deus? Pensou alto D. Gertrudes. Não queria assustar as crianças, mas precisava tomar uma atitude bem rápida, pois precisava de alimento para as crianças, de levar a filha a uma emergência médica e higienizar todos eles. Tudo pra logo! Levara alguns poucos biscoitos, pensando em agradá-los, mas não sabia do estado deprimente em que se encontravam. Rezou novamente. Foi até a porta. Avistou um carro na frente da casa da vizinha ao lado. Tomou coragem e foi buscar socorro:
   - Pelo amor de Deus senhora, minha filha está morrendo e meus netos não têm nada para comer! Cheguei aqui agora! E desconhecia essa situação! Precisamos de ajuda! Falou em prantos!  
  Imediatamente, a mulher chamou o esposo. E disseram terem mudado  para ali, fazia apenas alguns dias antes e de nada sabiam.
  E o bondoso homem foi levar as duas ao hospital mais próximo, enquanto sua mulher servia uma sopa às crianças e ao mesmo tempo disse ficar com elas, enquanto higienizava-as também.
  Juquinha demonstrando muita coragem e ao mesmo tempo tristeza falou: - Puxa vida vó! Logo hoje mamãe piorou! Ela faria também uns geladinhos de coco e maracujá para eu vender no sinal , mas acabou tudo! Não tem mais leite. Nem açúcar tem mais! Justo o dia que eu ia faturar nas vendas! Tadinha da mamãe! Queria ter meu pai de volta! Ele ia nos ajudar...
  Faltava três dias para o Natal. A mãe das crianças precisaria ficar em observação após fazer alguns exames no hospital. D. Gertrudes, ao lado da filha pedia a Deus um milagre. Um só não! Vários!!! 
  Comunicou-se com seus  familiares contando tudo e pedindo auxílio a eles. Precisava de roupas e estava com pouco dinheiro, necessitava também comer.
  Mas Deus não dorme! E desta vez nem cochilou, pois ouviu os clamores da pobre senhora. No dia 24, o hospital fora visitado por um Papai Noel de uma ONG que levou algumas gordas cestas de alimentos aos doentes e iria fazer três sorteios. D. Francisca, a mãe das crianças além de ganhar a cesta básica, foi sorteada no primeiro prêmio: 6 meses de supermercado grátis, R$1.000,00 em dinheiro e brinquedos para seus filhos. 
  Diante de tanta alegria, melhorou quase que imediatamente e já queria voltar para casa, porém apresentara problemas de infecção e precisava se alimentar adequadamente, ter repouso e tomar injetáveis. O que em casa não teria quem fizesse.
  Mas os médicos liberaram-na já medicada, apenas para passar o Natal em casa, voltando no dia seguinte.
  Surpresa ao chegar em casa! Com a ajuda da vizinha e de uma sobrinha  que a mãe chamara, tudo havia melhorado. E a maior de todas, seu marido muito arrependido, chorando bastante, voltara para casa, ao saber de todo o sofrimento da família que quase perdeu por causa da boemia com que tinha se envolvido nos últimos seis meses, onde quase perdera também o emprego na carpintaria que gerenciava.
  A partir daí, tudo melhorou para aquela família, que voltou a ser o lar que fora antes e até bem mais fortalecido, pois o marido teve a lição quando se viu sem dinheiro e o "amigos"... Ah! Esses desapareceram! A partir daí, voltaram à igreja e todos passaram a agradecer em prece diariamente o "milagre" do reencontro  da felicidade perdida. E decidiram participar do grupo de voluntariado que através das mãos de Deus, salvou a família em um momento tão difícil de sua vida.

                              Aut.: Sônia Lúcia

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Nota Importante:
Caríssimo leitor, esta é uma obra que pode ser copiada, distribuída, exibida, comentada, curtida e compartilhada, desde que seja citada  a sua autoria: Sônia Lúcia
                        Obrigada!

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

A ONÇA E O BEBÊ MACACO



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   Uma onça, já balzaquiana, vivia triste, solitária... porque morreram todos os seus parentes e os filhos formaram suas famílias e foram para outras florestas longe dali.
Até que, certo dia, dormindo embaixo de uma árvore, após pensar e pensar em sua triste vida solitária, sonhava com uma família unida e feliz que já tivera. Estava com um pimpolhinho embalando nos braços e cantava uma linda canção de ninar quando de repente, acorda assustada e cai entre seus membros dianteiros, um filhote, mas não de sua espécie, e sim um macaquinho de uma raça em extinção. O pobrezinho miudinho ainda, olhinhos assustados, queria fugir, porém a velha onça o abraçava, tal qual no sonho que há pouco tivera. Acordou melhor. Sondou o que estava acontecendo, para que aquele bebê macaco surgisse ali de repente e daquela maneira. Foi então que escutou passos pesados sobre as folhagens secas do nordeste. Eram caçadores burlando as leis do meio ambiente e tentando aprisionar animais selvagens para comercializar. Uma atividade ilegal perante os homens, mas principalmente, contra as leis Divinas. Imediatamente, brotou de dentro daquela onça envelhecida e maltratada pelo tempo, o lado maternal esquecido... E tomada de um vigor repentino escondeu-se numa pequena gruta que conhecia, levando consigo aquele bebê que mudara de atitude, agarrado a ela como se fosse sua mãe que para protegê-lo dos homens, não hesitara em jogá-lo ao colo de uma espécie inimiga. 

              Aut.: Sônia Lúcia

 COMENTÀRIO  da Autora:
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   Essa é simplesmente mais uma estória irreal, um tanto exagerada sim,  mas que vem trazer a minha conclusão pessoal de tudo o que vejo no dia a dia, na sociedade humana, em comparação a sociedade animal. É a de que, muitos dos  homens, embora sejam  únicos seres providos de racionalidade aqui na Terra, ainda se encontram no primitivismo de sua criação entre sua própria raça, cometendo injustiças, maldades e não hesitando aos abusos da ignorância e da ganância sobre o poder e a usura de querer sempre mais dinheiro e acumulando bens para a sua posteridade, que cada vez mais se acomoda, a espera da herança que os pais deixarão quando se forem desta vida. Enquanto a raça animal, sem a evolução que temos, traz em seu instinto uma pureza de caráter que os leva a ser fiel e leal até mesmo com seus irmãos de raças totalmente diferenciadas entre si.
  Nessa oportunidade, ouso pedir ao leitor ou então sugerir que comecem hoje mesmo a relevar diferenças que são imprescindíveis à evolução do Planeta, mas se não puder, vou ao menos torcer para que haja a união entre nós, a fim de nos prepararmos para um mundo melhor amanhã. 


                                                       Autora: Sônia Lúcia  
Direitos autorais garantidos 

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